segunda-feira, 12 de março de 2007

A promoção e fomento da prática desportiva são uma obrigação e um dever das Autarquias

A proximidade aos cidadãos e uma maior flexibilidade de meios, deve corresponder à criação de equipamentos, actividades e programas que incutam e despertem na população da área respectiva o gosto e o interesse por essa prática.

Um novo e verdadeiro desafio situa-se, por um lado, na forma de compatibiliza a oferta de prática desportiva pelas Autarquias com a oferta privada (associativa e comercial) de estruturas e programas e, por outro, saber coordenar com essa iniciativa, bem como com as escolas, uma real e efectiva política desportiva que seja capaz de atrair para a prática do desporto um crescente e generalizado número de participantes.

Com efeito, não se pode pensar que a oferta Autárquica é única ou deve sê-lo, bem antes pelo contrário, só com um entendimento e uma percepção do que a iniciativa alternativa para oferecer será possível fomentar e alargar a oferta de programas desportivos e aumentar o número de praticantes.

E a alternativa pode vir não só do movimento Associativo (sempre ligado e ainda assim dependente do apoio Autárquico), como também da iniciativa empresarial privada, que principalmente nos centros urbanos é já hoje um real meio de prática desportiva.

Às Autarquias, tanto cabe saber ocupar os espaços vagos (quer por ainda não preenchidos, quer por terem entretanto sido abandonados), como saber descobrir novos caminhos, tendo a humildade e capacidade de, quando ocupados, os libertar à demais iniciativa.

Cabe igualmente ao sector desportivo Autárquico saber ler o que de viabilidade tem um projecto privado, associativo ou empresarial, que poder-se-á fazer através de um real apoio logístico, como de promoção e divulgação conjunta, como até pura e simplesmente de saber fazer cessar uma concorrência Autárquica, que pode ser desleal e letal para o parceiro (que nunca deve ser um rival).


Terá que continuar a ser grande desígnio Autárquico o fomento desportivo, o incremento da sua prática e a inteligência e criativa interacção com novas realidades, de oferta e de procura, sobretudo de consciência que dessa prática muito mais do que fabricar campeões, depende a saúde física e mental de uma sociedade.
É este novo desafio, que apesar das dificuldades financeiras, deve e tem que continuar a mobilizar as Autarquias na área do Desporto.

Joaquim Cabrita
Vereador da Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Lagoa

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