quinta-feira, 26 de julho de 2007

5.ª Mostra do Doce Conventual em Lagoa


Há muito açúcar no Algarve, durante o último fim-de-semana de Julho, o Convento de S. José, em Lagoa transforma-se num templo da gula onde a Doçaria Conventual em conjunto com produtos regionais trará aromas, odores e sabores de um passado sempre actual, gerado no segredo dos Conventos. Nesta festa, que consagramos como a 5º MOSTRA DO DOCE CONVENTUAL.

Este conceito está intimamente relacionado com a difusão do açúcar nas cozinhas dos Mosteiros Portugueses, a partir dos finais do séc. XVI. Foi entre as ordens religiosas de frades e freiras que nasceram algumas das mais ricas receitas de doces da gastronomia Portuguesa.

A Mostra do Doce Conventual, não é só bolos, doces, compotas e mel, pode saborear também bebidas clássicas e regionais; como vinho do Porto, aguardente de medronho e variadíssimos licores. Assista aos espectáculos e bem dispostos momentos de animação, de entretenimento e de cultura … enquanto “frades” e “freiras”, trajados a rigor, vão servindo aquilo que a “plebe” solicita, para consumir … e que, depois, paga à saída, não em cruzados, réis ou escudos, mas em euros.Deve ser notado que a entrada de público no Claustro é gratuita, bem como a assistência aos espectáculos, (aberto entre as 18:00 h e a 01:00 h).

As pessoas só pagam os bolos, os doces, o mel, as compotas ou as bebidas que consomem no local ou que levam para casa, quase tudo confeccionado na “Quinta dos Avós”, uma casa de chá e pastelaria tradicional sedeada em zona rural da vila do Algoz, a poucos quilómetros de Lagoa, um dos mais conceituados fabricantes de bolos e compotas tradicionais da região do Algarve, com a particularidade de cultivarem os seus próprios chás.

Também poderá apreciar os bolos tradicionais de Conceição Amador, de Lagoa, que apresenta iguarias confeccionadas com alfarroba, amêndoa e figo, ao mesmo tempo que divulga os seus livros sobre Doçaria e Cozinha Tradicional do Algarve.

ANTÓNIO MONTALVO COORDENA GRUPO DE TRABALHO DO “REGIÕES, SIM!”

António Montalvo, antigo presidente da Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo e da Comissão para a Reorganização Administrativa do País, e conhecido especialista em matérias de desenvolvimento regional e local, com vasta obra publicada, Consultor do Conselho da Europa e director da Revista de Administração Local, foi nomeado coordenador do grupo de trabalho do Núcleo de Lisboa do Movimento Cívico “Regiões, Sim!” encarregue de elaborar uma proposta de “argumentário” em defesa das teses da Regionalização.

Além do coordenador, integram este grupo Teigão dos Santos (investigador universitário), Rui Godinho (administrador da EPAL e antigo vice-presidente da Câmara de Lisboa), Mário Teixeira (professor universitário), Carlos Albino Guerreiro (jornalista), Nuno da Câmara Pereira (deputado) e Carlos Matias (advogado).

Outras personalidades poderão ainda vir a integrar a equipa que iniciou funções esta semana, na sequência de uma reunião que juntou os Associados da Região de Lisboa, e onde o presidente do Movimento, Mendes Bota, deu conta dos desenvolvimentos da associação cívica, dos objectivos que a norteiam e da estratégia da sua actuação.

Depois do Algarve, com Adriano Pimpão a coordenar, este é o segundo dos grupos de trabalho com missão idêntica que estão a ser activados nos diferentes Núcleos Regionais do Movimento.

Do cotejo das múltiplas propostas, sairá o “manual prático” sobre as vantagens da Regionalização que o Movimento Cívico se propõe divulgar por todo o país.

A rápida expansão do “Regiões, Sim!” na área de Lisboa foi traçada como um dos objectivos prioritários e imediatos da organização, que não pára de ver crescer o número de adesões, que já quase quadruplicou desde a sua recente criação.

terça-feira, 24 de julho de 2007

ADRIANO PIMPÃO COORDENA GRUPO DE TRABALHO DO “REGIÕES, SIM!”


Adriano Pimpão, professor catedrático da Universidade do Algarve, de que foi reitor até há pouco tempo, e ex-Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional nos governos de António Guterres, foi nomeado coordenador do grupo de trabalho do Núcleo do Algarve do Movimento Cívico “Regiões, Sim!” encarregue de elaborar uma proposta de “argumentário” em defesa das teses da Regionalização.

Vasco Grade, jornalista, será vice-coordenador desta equipa de estudos e reflexão, que agrupa para já onze pessoas da sociedade civil, e cujo objectivo é o de preparar e seleccionar um conjunto de argumentos de fácil entendimento pelo grande público, demonstrativos da necessidade e da urgência da Regionalização.

Além dos coordenadores, integram este grupo Álvaro Anjo (professor), Ana Vidigal (advogada), António Pires de Carvalho (médico veterinário), Bruno Lage (engenheiro do Ambiente), Conceição Branco (jornalista), Mafalda Reis (técnica superior de Turismo), Marcos Guia (engenheiro agrónomo e quadro superior da Ualg), Nuno Antunes (Consultor de Tecnologias da Informação) e Rui Carvalho (professor e empresário).

Outros associados do Movimento poderão ainda vir a integrar a equipa que iniciou funções esta semana.

Mais grupos de trabalho com missão idêntica serão brevemente activados nos restantes Núcleos Regionais do Movimento. É o caso do Núcleo Regional de Lisboa, que está em movimentação nesse sentido.

Do cotejo das múltiplas propostas, sairá o “manual prático” que o Movimento Cívico se propõe divulgar por todo o país.

Conferência sobre Regionalização foi um êxito

O Jantar-Conferência promovido pelo Movimento Cívico “Regiões, Sim!” saldou-se por um êxito. Desde logo no número de participantes, inicialmente previsto para a sala da Tribuna de Honra do Estádio Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, o qual, excedendo largamente a capacidade prevista, obrigou à utilização da sala das conferências de imprensa onde participaram no evento cerca de duas centenas e meia de regionalistas.

A plateia era visivelmente marcada por uma grande diversidade de posicionamento cívico e político, com muitas personalidades do Algarve ligadas aos meios académicos, empresariais, quadros destacados da função pública, figuras públicas das artes e do desporto, muitos independentes, autarcas e outros políticos destacados de várias matrizes partidárias. Factos assinaláveis: a presença de muitas mulheres e jovens. Um bom sinal!

As intervenções, todas elas em estilos diferentes, mas todas elas marcantes na defesa consistente das teses regionalistas, selaram com qualidade, respeito, serenidade e convicção, uma noite memorável que marcou a primeira iniciativa pública do Movimento Cívico “Regiões, Sim!”.

No discurso de abertura da sessão, Mendes Bota, presidente do Movimento, e que se fez acompanhar pelos Vice-Presidentes Carlos Brito e Paulo Neves, realçou a implantação crescente da organização, e respondeu àquilo que mencionou como “as reacções primárias dos comentaristas do regime e de alguns beneficiários económicos do centralismo”, que, no seu entender, chegaram a “roçar o insulto, com muito pouca imaginação e nenhuma elevação”.

Para Mendes Bota, os regionalistas “não recebem lições de patriotismo de ninguém. A Regionalização, por toda a Europa, é um factor de reforço da coesão e da competitividade nacional. Todos temos as nossas vidas, os nossos empregos, e as nossas funções. A Regionalização não será nem uma reserva de caciques, nem uma bolsa de empregos políticos. As finanças regionais, como muito bem está a demonstrar Miguel Cadilhe na Universidade Católica do Porto, contribuirão para a redução do défice público.”

E terminou, referindo que “Este Movimento Cívico é um rio ascendente. No amplo delta das suas convicções, estão cidadãos e cidadãs de Portugal. E a força da nossa corrente chegará à nascente da reforma política, na Assembleia da República. Serenos, mas convictos. Regiões, Sim! Portugal, sempre!”

O primeiro conferencista, Luis Braga da Cruz, professor catedrático, e antigo Ministro da Economia e deputado, deu uma autêntica aula sobre Regionalização, alinhando inteligentemente, de forma objectiva e actual, os argumentos que justificam a sua implementação em Portugal.

Luis Braga da Cruz defendeu claramente um modelo de divisão regional sustentado nas cinco regiões-plano: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve. Pugnou para que a reforma da administração pública em curso proporcione desde já um alinhamento dos serviços desconcentrados face a esta divisão regional, manifestando até algum desconforto por algumas derivas que, neste ou naquele ministério, não estarão a seguir com rigor este critério.

O actual responsável nacional pelo mercado ibérico da energia, demonstrou à saciedade o insucesso a que nos conduziu o modelo centralista em Portugal, e defendeu a necessidade de um pacto de regime entre as principais forças do arco governamental, designadamente entre o PS e o PSD, em matéria de Regionalização, condição essencial para o sucesso de um futuro referendo nacional, que a Constituição exige vinculativo.

Muita pedagogia, conforme advogou Luis Braga da Cruz, significa muito trabalho preparatório, e aqui o Movimento Cívico “Regiões, Sim!” tem um importante papel a desempenhar. “Há que trabalhar as competências, avaliar os envelopes financeiros, definir o calendário das transferências de recursos e de implementação, que, na sua opinião, deve ser gradual, faseada, como o foi a regionalização administrativa em França, com o sucesso que se conhece.”

Francisco Carvalho Guerra, actual presidente do Conselho da Fileira Florestal de Portugal, professor catedrático e reitor da Universidade Católica do Porto durante décadas, co-fundador do Movimento Cívico “Regiões, Sim!”, proferiu uma intervenção onde o brilho se confundiu com o entusiasmo, tão vibrante é a sua crença nas virtualidades da Regionalização.

Desde logo, estranhando que existam pessoas, sobretudo ligadas a grandes grupos empresariais que, não se cansando de referir e querer adaptar as chamadas “boas práticas do que se faz lá fora”, em matéria de Regionalização persistam em ignorar aquilo que tem sido um dos motores e principais estímulos da competitividade dos países mais desenvolvidos do mundo, que é precisamente a existência de estruturas descentralizadas de administração.

Carvalho Guerra colocou um acento tónico no chamado princípio da subsidiariedade, dando o próprio exemplo das autarquias locais, mas logo destacando que entre estas e o poder central, existe um vazio em Portugal para a gestão de projectos e sectores de natureza claramente supra-municipal, e que só as Regiões poderão suprir com eficácia. Afirmou mesmo que “pode-se governar de longe, mas não se administra bem, senão de perto! A Regionalização permite fazer mais obras, com menos dinheiro. Foi e é assim, em quase toda a Europa”.

Como exemplo do centralismo asfixiante em que Portugal continua mergulhado, Carvalho Guerra citou, com alguma ironia que, os 19 principais laboratórios estão concentrados em Lisboa. “Oxalá que nunca se repita o terramoto, senão, entre muitos outros danos, lá ficamos sem laboratórios!...”


Terminou, afirmando que “Lisboa, e a sua população, são as primeiras vítimas de uma mega concentração urbana, que se torna disfuncional, e desequilibra o país”, e que chegou a hora de acabar com aquele diálogo castrador:

“-Onde vais?
-Vou a Lisboa, pedir licença para pensar!”

As intervenções proferidas nesta Conferência serão colocadas no sítio electrónico do Movimento (
www.regioes-sim.com) dentro de poucos dias, logo que o mesmo seja activado, o que se prevê para muito breve.