terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lagoa-Sporting: Crónicas de (mais do que um simples) jogo de futebol


Cerca de 3000 pessoas que estiveram em Alvalade, no passado sábado, a apoiar o GD Lagoa num jogo histórico para o clube que defrontou, pela primeira vez, uma equipa do principal campeonato nacional, 5 Indiferente ao resultado, João Arrobe, dirigente dos lagoenses, sorria e confessava: “Jogar com o Sporting foi um sonho que se realizou”.


O amarelo predominou por entre os cerca de 12 mil espectadores presentes no Alvalade XXI e esse registo engrandeceu o Lagoa que viveu, com esta presença na Taça de Portugal, o momento mais mediatizado dos seus 37 anos de vida.

“O resultado? Nunca estivemos preocupados com ele, nem nos tirou o sono. É claro que poderia haver uma surpresa mas como não houve, tranquilos na mesma. O importante foi o ambiente de festa e a projecção da nossa terra. Isso conseguimos na plenitude, e para o efeito, contou, essencialmente, a participação da população naquela que foi, até ao momento, a maior manifestação de carinho ao Grupo Desportivo de Lagoa” sublinhou João Arrobe.

Cachecóis, bandeiras, bonés, camisolas e até faixas, coloriram as bancadas do Estádio Alvalade com a predominância do amarelo, a cor principal do Lagoa. O ambiente era de festa para os algarvios a contrastar com a pressão sobre os sportinguistas.


No final, ganhou o mais forte e surpresa não houve. “O golo logo aos 8 minutos condicionou a estratégia da equipa, mas cá fora o Lagoa continuou a pontuar” referiu o dirigente, para depois elogiar a forma como a comitiva e os apoiantes foram recebidos em Alvalade.

“Nada nos faltou. O Sporting foi de uma simpatia extrema”. Contudo, João Arrobe diz que lhe falta a ‘cereja’. “Bom, o nosso desejo era que o Sporting nos cedesse a sua parte na receita. Era uma ajuda importantíssima para nós”. Dos vários episódios que tem para contar, o dirigente lagoense aponta o susto, primeiro, e a tranquilidade, depois, quando recebeu, à hora do almoço, um telefonema do comando da PSP de Lisboa. “Ao telefone estava um graduado da PSP de Lisboa interessado em saber onde estávamos – Bucelas – pois queriam ir estar connosco. Pensei logo em problemas mas afinal era para nos acompanharem ao Estádio.

O percurso foi feito em cerca de 10 minutos, sempre atrás dos agentes que nos conduziram, sem paragens – semáforos incluindo – até ao Estádio. Caminho livre para nós e toda a gente a olhar. Foi um dia especial para Lagoa”, recorda.
in AlgarveDesporto

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