A JSD acusou hoje a Juventude Socialista de «falta de seriedade política e plágio» afirmando que «critica as ideias dos outros» e depois apresenta-as como suas. «A JS é uma cópia de José Sócrates. Pega nas ideias dos outros, critica-as e depois de esperar uns dias apresenta-as como suas. Isto é plágio e demonstra sobretudo falta de seriedade política. Assim os jovens afastam-se da política», afirmou o candidato da JSD em 9.º lugar na lista do PSD, Joaquim Biancard Cruz, em comunicado.
O candidato referia-se a algumas das principais propostas da JS em relação às eleições europeias: «Erasmus para todos», «mais apoio ao emprego» e «pelo direito ao TGV», lançadas no início da semana no âmbito da campanha da Juventude Socialista de «apelo ao voto».
No comunicado, a JSD frisou que, na semana passada, as propostas apresentadas pelo cabeça-de-lista do PSD, Paulo Rangel, nomeadamente o «aumento das bolsas Erasmus e do programa Vasco da Gama (Erasmus-Emprego), levaram o ministro da Economia e o presidente da AICEP a perderem a cabeça e desenrolarem um circo de críticas ao PSD e a Paulo Rangel».
Paulo Rangel tinha defendido, domingo passado, que iria avançar, logo que realizadas as eleições, com um novo programa baptizado de Vasco da Gama, focado na mobilidade de jovens à procura de primeiro emprego.
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, afirmou que as medidas propostas por Rangel relativamente à criação de emprego para jovens europeus «já existem» enquanto que o ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou que Paulo Rangel «tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta».
«Afinal, este programa é agora copiado pela Juventude Socialista e apresentado aos portugueses como a sua grande bandeira», salientou a JSD. Quanto à defesa do «acesso ao Erasmus», a JSD considerou que a Juventude Socialista de «incoerência e oportunismo», afirmando que «na semana passada, apoio a maioria socialista no chumbo» a um projecto de resolução que visava o apoio aos estudantes do Ensino Superior.
Para a JSD, a JS «só se lembra do Erasmus» na altura das eleições europeias.
«Desde quando a JS já pressionou o Governo para aumentar a componente nacional deste programa, tal como fazem muitos outros países?», questionou a JSD, no comunicado.
A JS arrancou na passada segunda-feira com uma campanha de apelo ao voto nas eleições europeias, tendo como lema «a Europa é vital», e organiza uma caravana que percorrerá estabelecimentos de Ensino Superior público de todos os distritos.
Diário Digital / Lusa
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