sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PSD/ALGARVE CONTRA INVIABILIZAÇÃO DA ALICOOP

A Comissão Política Distrital do PSD/Algarve manifesta publicamente a sua solidariedade para com os trabalhadores, a administração, os clientes e os fornecedores de uma das maiores empresas de comércio a retalho do Algarve, a Alicoop, que corre o risco de encerramento, lançando para o desemprego mais de 700 pessoas, e agravando o clima económico de crise grave que se abate sobre a região algarvia.

No final de uma reunião mantida com a União dos Sindicatos do Algarve e com a Comissão de Trabalhadores da Alicoop, o presidente do PSD/Algarve, e deputado, Mendes Bota, declarou:

“É de difícil compreensão a posição da Caixa Geral de Depósitos, a maior instituição financeira de Portugal, a qual, pelo seu carácter público, deveria ser o braço armado do governo para intervir em apoio das pequenas e médias empresas, ou de outras empresas em dificuldades, mas com possibilidades de recuperação, como é o caso da Alicoop. Então a Caixa Geral de Depósitos exigiu um estudo de viabilidade, entregou-o ela própria nas mãos de uma respeitada empresa de consultadoria internacional como é a Deloitte, esta concluiu pela viabilidade da empresa, apontou os caminhos a seguir, e a Caixa Geral de Depósitos transforma-se agora no principal obstáculo a essa viabilização?
É uma posição muito estranha. E oxalá que consiga ultrapassar esse estado de estranheza, porque cá estaremos para pedir explicações públicas sobre a quem aproveitou a queda da Alicoop, se ela se confirmar.

O governo deve ponderar em mais dois aspectos:
- enviar para o desemprego 700 pessoas, representa um encargo para o Estado não recuperável em subsídios de desemprego, só durante um ano, superior ao dobro do montante que a Caixa Geral de Depósitos se recusa a colocar numa empresa que é recuperável;
- a falência da Alicoop arrastará consigo a falência de muitas dezenas de fornecedores e produtores locais, tendo um efeito em cadeia no tecido empresarial da região do Algarve.

O PSD/Algarve apela às características de razoabilidade e de bom senso que caracterizam a cúpula da Caixa Geral de Depósitos, para que evite associar o nome da instituição a uma malfeitoria de grande impacto social no Algarve, e aos Ministros da Economia e das Finanças para que exerçam a sua magistratura de influência.”

Na reunião mantida por Mendes Bota com a União dos Sindicatos do Algarve, onde esteve acompanho pela deputada Antonieta Guerreiro, foi abordada a grave situação económica vivida na região, e que se traduz em cerca de 30.000 desempregados, segundo a estimativa dos sindicalistas.

Com o Turismo em queda, o Comércio em crise, a Construção quase desactivada, e o sector primário ao abandono (Agricultura, Pecuária, Pescas, Florestas), o Algarve vive o período mais negro depois de 1975. Perante isto, acentua-se o desaparecimento brutal dos investimentos do Estado, e a falta de um plano regional integrado de emergência, para o curto prazo, e de um novo modelo de desenvolvimento para o médio e longo prazo, sustentado na diversidade e inovação sectoriais.

Faro, 9 de Fevereiro de 2010
COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL DO PSD/ALGARVE

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