O líder do PSD/Algarve, e deputado, Mendes Bota, denunciou “a manobra do governo, em curso, para renomear as chefias regionais do IPJ, para novos mandatos, ainda antes das eleições, procurando assim garantir a manutenção de apaniguados políticos afectos ao partido socialista, condicionando a vontade de um futuro governo em proceder a uma renovação desses cargos dirigentes, que implicaria elevados custos para o Estado, a título de indemnizações”.
Falando num jantar-comício, em Lagos, de apoio à candidatura autárquica da coligação PSD/CDS-PP, Mendes Bota lamentou “a falta de ética subjacente a esta atitude, com o lançamento por parte da Presidência do Conselho de Ministros, dos procedimentos concursais para os cargos de direcção intermédia do Instituto Português da Juventude, destinados a prover os cargos de Directores e Sub-Directores Regionais”.
E acrescentou: “é inaceitável que, em pleno período eleitoral, se procure aproveitar o ruído de fundo da época, para fazer passar despercebidos concursos publicados do Diário da República a 7 de Setembro, e cujo prazo termina já a 21 de Setembro próximo, a menos de uma semana das eleições. E, pior, os requisitos preferenciais exigidos, indiciam o objectivo claro de renomear quem já se encontra em funções”.
Mendes Bota informou, à margem do evento partidário que, estando em efectividade de funções como deputado até à tomada de posse do novo parlamento, não se coibirá de utilizar a figura parlamentar das Perguntas ao Governo para questionar este método de actuação, e apelar à contenção governamental neste tipo de manobras de última hora para tentar manter o controle do aparelho administrativo do Estado.
Faro, 14 de Setembro de 2009
A Comissão Política Distrital do PSD/Algarve
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