quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

PSD acusa Governo de ter posto Hospital Central do Algarve na gaveta

O PSD acusou hoje o Governo de ter posto na gaveta a construção do Hospital Central do Algarve, assinalando que foi uma promessa eleitoral e que não há verbas orçamentadas para 2008 destinadas a essa obra.

"O Hospital Central do Algarve, que nós deixámos pronto para ser iniciado, vocês pararam e meteram-no na gaveta", acusou o deputado do PSD José Pereira da Costa, numa declaração política, no Parlamento.
O PS, através da deputada Aldemira Pinho, respondeu que o Orçamento do Estado para 2008 não tinha de prever essas verbas e que "todo o processo está em curso no sentido de se abrir o concurso" para a construção do hospital. Aldemira Pinho confirmou que a obra "foi uma bandeira do PS" e concluiu: "Nós continuamos a acreditar no nosso Governo e que em 2012 o Hospital Central do Algarve vai ser uma realidade".
Antes, José Pereira da Costa defendeu, pelo contrário, que "o Governo tenta enganar os algarvios com a novela da construção do hospital" e disse haver sucessivas "declarações contraditórias" do primeiro-ministro e do ministro da Saúde. "O Governo não tem dito a verdade aos portugueses", sustentou.
De acordo com o deputado do PSD, apesar da promessa feita pelo PS na campanha para as legislativas de 2005, o ministro Correia de Campos logo "suspendeu" o lançamento da obra e considerou-a "secundária", sendo depois desmentido por José Sócrates.
Pereira da Costa acrescentou que "em 2007 o primeiro-ministro anunciou mais uma vez o novo hospital", processo que se iniciaria no primeiro trimestre de 2008, com o início da construção em 2009 e a conclusão em 2012.
No entanto, frisou, "o Orçamento do Estado para 2008 não tem a calendarização da obra" e o PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) "não tem qualquer verba para a sua construção".
O deputado do PSD apelou ao Governo para que concretize o Hospital Central do Algarve.O social-democrata advogou que a atitude do executivo socialista no sector da saúde tem sido "economicista" e que no Algarve o encerramento de serviços "entupiu as urgências do Hospital de Faro", onde há utentes atendidos "em condições degradantes".
in Barlavento

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