segunda-feira, 27 de agosto de 2007

MENSAGEM DE LUIS FILIPE MENEZES



Já basta !

A vida de um partido, aberto e plural como o PSD, deve ser debatida junto da opinião pública. É o que acontece nas democracias adultas. É pois importante que, durante os próximos dois meses, os portugueses debatam e tomem posição sobre o que pensam do papel que o PSD deve desempenhar.

Eu cumprirei com as minhas responsabilidades: fazendo e comunicando propostas, mobilizando os militantes e os cidadãos para um grande debate de cidadania.Hoje abordarei três temas: a problemática do pagamento de quotas, os apoios públicos aos candidatos e as fragilidades do Governo.Para poder votar nas “directas” de 28 de Setembro é necessário ter quotas pagas.

Ora, neste momento, o PSD só tem pouco mais de 20% de militantes com quotas pagas. Isso deve-se ao desinteresse em relação ao partido e à forma como se burocratizou esse procedimento.Só se pode pagar quotas na sede central, em Lisboa, por cheque individualizado, por vale postal, ou por transferência multibanco! Com um código PIN!! A relação humanizada, antes assegurada por um velho cobrador, foi substituída por uma relação como a que todos temos, por exemplo, com a EDP!

Acresce a atitude, inqualificável, de quem quer assegurar só o voto de um pequeno grupo de notáveis, de se terem escrito 100 mil cartas a militantes devedores pedindo-lhes que telefonem para a sede do partido a pedir o código que permita o pagamento!

Para tal terão que dar o número de militante e bilhete de identidade e 6 dias depois receberão uma carta com dados que permitirão efectuar o pagamento! Isto se, como está a acontecer, o pagamento não for rejeitado porque falta a certidão de casamento ou divórcio, a assinatura do vale postal não conferir com a do BI, ou, pura e simplesmente, o pagamento ser recusado pelo sistema bancário!!!Tudo isto é triste, tudo isto é feio! Nomeadamente, quando se enche a boca com palavras como credibilidade e consistência. É para mudar este estado de coisas que vou vencer. Mas para isso preciso que todos os militantes lutem contra esta monstruosidade administrativa, pagando as suas quotas e votando.

Contra tudo e contra todos.Na última semana, foi paradigmática a dança dos apoios. Uma candidatura fugiu à discussão sobre a crise que originou, às responsabilidades na queda da Câmara de Lisboa, à falência na frente parlamentar, à mediocridade nas sondagens. Em alternativa, apresentou o apoio de duas centenas de “notáveis”, muitos dos quais só interessados em manter os seus lugares, mesmo que em troca de uma derrota anunciada em 2009.A minha candidatura não se resigna ao insucesso. Quer vencer. Por isso é que jovens autarcas como Ribau Esteves, Telmo Faria, ou Luís Gomes são a minha bandeira. Comigo os jovens quadros e a sociedade civil voltarão a ter no PSD um espaço de afirmação.

É com este PSD que quero construir que o PS terá de se preocupar. Um Governo PS que tem no currículo o recorde das promessas falhadas, do desemprego galopante, do crescimento económico ridículo, da arrogância exercida sobre sindicalistas, jornalistas, funcionários públicos, notários, magistrados, farmacêuticos e tantos outros grupos sócio-profissionais.Este resultado da governação é a garantia de que está aí um povo à espera de um PSD diferente. Solidário, humano e dialogante – que quero protagonizar.

Luís Filipe Menezes in luisfilipemenezes.blogspot.com

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